Gaudenzi defende abertura do capital da Infraero durante vistoria em aeroportos

01/02/2008 - 20h21

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da EmpresaBrasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), SérgioGaudenzi, defendeu hoje (1) a abertura do capital da empresa como forma degarantir os investimentos e a agilidade necessários paraatender as demandas crescentes do setor.Gaudenzi vistoriou osaeroportos internacionais de Guarulhos (SP), pela manhã, e odo Galeão (RJ), à tarde. Ele foi conferir como estava omovimento de passageiros nesse período de carnaval e verificaras condições físicas dos aeroportos. No Galeãoas filas eram longas, mas sem tumultos.“Para abrir ocapital, primeiro é preciso ter uma concordância dogoverno. Isso vai ao ministro [da Defesa], que levaráao presidente [da República], que dará umadefinição sobre o assunto”, disse. Gaudenzi ressaltouque o debate provavelmente também envolverá oCongresso. Segundo ele, osacionistas privados passam a ser sócios – com o governomantendo a maioria das ações – e vão quererretorno de capital, contribuindo para aumentar a fiscalizaçãona empresa.“Esses acionistas vãomanter uma fiscalização muito efetiva, porque eles têminteresse que a empresa dê resultado. Na abertura de capital,preservamos a decisão final do governo, que mantêmmetade mais uma das ações com direito a voto. Mas nodia a dia, os acionistas participam inclusive indicando diretorespara a empresa”.Para Gaudenzi, aabertura de capital é uma maneira moderna e mais ágilde gerir. De acordo com ele, as demoras nas decisões daInfraero também acontecem porque é preciso obedecer auma série de leis, com requisitos de licitações,que numa empresa de capital aberto é muito mais simples. A Infraero controla 67aeroportos no país, com 11 mil funcionários própriose outros 14 mil terceirizados.Com 31 anos de uso, oGaleão vem sofrendo com os constantes enguiços deelevadores e escadas rolantes, causados pelo desgaste dosequipamentos. Segundo Gaudenzi, para promover as reformas necessáriasno aeroporto do Rio serão precisos R$ 400 milhões até2010.Em 2007, conformenúmeros da Infraero, passaram pelo Galeão 10,5 milhõesde passageiros, um crescimento de 17% sobre 2006. Para 2008, oaumento projetado é ainda maior, devendo chegar a 20%.As obras visamjustamente garantir conforto e segurança a esses passageiros.No terminal 2 do Galeão, inaugurado em 1999, ainda faltaterminar um terço do prédio, o que praticamente dobrarásua capacidade quando estiver pronto.