Policiais militares do Rio desistem de pedir exoneração do secretário de Segurança

31/01/2008 - 20h05

Thatiana Amaral
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da Associação de Oficiais Militares Estaduais do Rio deJaneiro (AME-RJ), tenente-coronel Dílson de Anaide,informou hoje (31) que a organização, que defendia a exoneração do secretário de Segurança Pública do estado, José Mariano Beltrame, resolveu deixarpara depois essa reivindicação.Em entrevista à Rádio Nacional, Anaíde disse que a AME também deixou para pedir em outro momento a revisão da destituição do ex-comandante-geral da Polícia Militar do Rio, coronel Ubiratan Ângelo, e do chefe do Estado Maior, coronel Samuel Dionísio. Segundo ele, a associação decidiu se concentrar agora nasolicitação da reabertura de diálogo com o governo para discutirmelhores salários para policiais e bombeiros militares. “Entendemos que,neste momento, devemos tratar do plano salarial de policiais e bombeiros militares, que morrem por menos de R$  30 por dia. Não podemos ficar conformados com essa situação”, afirmou Anaíde. Ele explicou que a decisão foi tomada porque a discussão dos demais pontosiria retirar o foco do objetivo principal da associação, que é o novo plano salarial, pelo qual se equipararia o salário decoronel ao de delegado de primeira na Policia Civil, além da reestruturação da remuneração dos demais cargos por esseparâmetro. Anaíde garantiu que a discussão sobre questões salariais não vai prejudicar a segurança no Estado.Depois da destituição do coronel Ubiratan Ângelo do comando da PM, 47 oficiais pediram para ser afastamdos de seus cargos. A Secretaria deSegurança já aceitou 10 desses pedidos. No último domingo (27), um grupo de oficiais da PM organizou, em Ipanema, uma passeata reivindicando melhores salários. A manifestação foi o estopim para a troca no Comando-Geral da Polícia Militar, anunciada na última terça-feira (29). AAssociação de Oficiais Militares Estaduais do Rio de Janeiro está organizando para amanhã (1º) de manhã umahomenagem aos 586 policiais mortos em serviço no estado entre os anosde 2004 e 2007. A manifestação está prevista para as 5 horas, em frente ao Hotel Copacabana Palace.