José Múcio não vê motivos para se abrir CPI para investigar uso de cartão corporativo

31/01/2008 - 19h42

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro de RelaçõesInstitucionais, José Múcio, afirmou hoje (31) que nãohá motivo para se abrir uma Comissão Parlamentar deInquérito (CPI) para investigar os gastos da ministra daSecretaria de Promoção da Igualdade Racial, MatildeRibeiro, com o cartão corporativo. “Não sei secabe isso. Cabe uma explicação. Já sei que háum grupo de parlamentares querendo explicações. Ruim éaquilo que não se explica”, disse. José Múcioafirmou que o governo não foge à investigação.“Como é uma coisa que envolve uma pessoa, e uma coisa bemespecífica, não sei se há matéria parauma CPI. O governo não foge absolutamente disso [de umainvestigação], até porque gosta das coisasesclarecidas. Acho que o Congresso tem um ano curto por conta daseleições municipais e uma longa pauta para sediscutir”.Ao ser questionado se apermanência da ministra no cargo não significaria umdesgaste para o governo, disse que “dependendo do que seja dito,pode se fazer essa avaliação melhor. Não gostode fazer pré-julgamento”.Com relaçãoà demora da ministra Matilde Ribeiro em prestaresclarecimentos sobre os gastos, José Múcio disse queela “talvez não tenha encontrado os documentos, as razões,são contas passadas”.A ministra gastou noano passado com o cartão corporativo R$ 171 mil. O dinheirofoi usado principalmente no pagamento de hospedagem, aluguéisde carros e restaurante. Uma das contas, novalor de R$ 461,16, se refere ao pagamento de um free shop. Ogasto foi ressarcido à União, de acordo com aassessoria da ministra. Segundo a assessoria deimprensa da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial,os gastos com o cartão corporativo foram efetuados em viagemde trabalho.