Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os ministros doPlanejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, e daControladoria-Geral da União, Jorge Hage, informaram hoje (31)que o governo vai alterar as regras do uso de cartõescorporativos e extinguir as contas de suprimentos defundos, conhecidas como contas tipo B.Segundo os ministros,as mudanças serão publicadas amanhã em decretodo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Uma dasalterações anunciadas é vedar a utilizaçãode saques em dinheiro para pagamento de despesas cobertas pelocartão, com exceção de despesas sigilosas ou deórgãos que têm peculiaridades, como os daPresidência da República, da Vice-Presidência, dosMinistérios da Saúde e da Fazenda, além derepartições do Ministério das RelaçõesExteriores fora do país.Outra medida érestringir a 30% a execução das contas de tipo B comsaques em espécie por ministros de Estado, com a exigênciade justificativa. De acordo com os ministros, elas serãoextintas em 60 dias.O governo federalgastou mais de R$ 75 milhões em despesas de cartõescorporativos em 2007, segundo a Controladoria-Geral daUnião.Os cartões foram criados para os portadores comprarem equipamentos ematerial para uso de todos os órgãos da administração pública, e paracobrir despesas em viagens.No ano passado, o maior gasto com ocartão, R$ 34,44 milhões, foi do Ministério do Planejamento, Orçamentoe Gestão, seguido pela Presidênciada República, R$ 16,07 milhões, e o Ministério daEducação, R$ 5,02 milhões. Quase 100% do gasto do Ministério do Planejamento se destinou ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).As contas desuprimentos de fundos se destinam a compras que não precisemde licitação. Todos os ministérios têmcontas desse tipo, que só podem ser usadas por servidoresdenominados ordenadores de despesas.