Defesa Civil e Ibama estudam prejuízos do rompimento de barragem em Goiás

31/01/2008 - 17h08

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Defesa Civil de Goiásestá fazendo uma varredura na área atingida pelorompimento da barragem da usina hidrelétrica Espora, que ficaentre os municípios de Itarumã e Aporé. Umaequipe de sete técnicos faz as buscas por terra e umhelicóptero está sobrevoando o local. Segundo osargento Valdik Rocha, não existe notícia de mortes ou desaparecidos no local.Abarragem rompeu na manhã de ontem (30) por causa do grandevolume de chuva. Segundo a Defesa Civil, até agora foramcontabilizados prejuízos em sete casas da região. Alémdisso, a rodovia estadual GO-178, que liga a região a SãoPaulo e Mato Grosso do Sul, está interditada. Quem passa por látem que fazer um desvio de 30 quilômetros.SegundoRocha, ainda não foram calculadosos danos ambientais.“A água saiu com muita força, foi destruindo toda amata ciliar”, afirma. Umaequipe de emergência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente edos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi enviada ao localpara avaliar os danos ambientais nas áreas de preservaçãopermanente.SegundoFrederico Valle, coordenador-geral substituto de EmergênciasAmbientais do Ibama, os danos a estas áreas já sãovisíveis, especialmente na mata ciliar do Rio Corrente. “Aindafalta avaliar os danos à fauna, se afetou peixes ou atéoutros animais”, diz Valle. A empresa poderá ser autuadapelos prejuízos ambientais no local.De acordocom o coordenador, também será avaliado se a empresadescumpriu alguma condicionante do licenciamento ambiental. “Ahidrelétrica era licenciada, mas como a barragem tem menos dedois anos, isso não poderia ter acontecido”, explica.Também estãono local técnicos da Agência Nacional de EnergiaElétrica (Aneel) e da Agência Ambiental de Goiás.A EsporaEnergética, responsável pela operação dausina hidrelétrica, diz que as causas do rompimento ainda nãosão conhecidas. O diretor administrativo-financeiro, LauristonSeverino, garante que a empresa vai arcar com os prejuízos doacidente.“Emnenhum momento a gente está se furtando de arcar com todas asobrigações inerentes a este problema, tanto éque já estamos fazendo um trabalho de levantamento e apuraçãode tudo o que ocorreu e a gente vai se prontificar a ressarcir todosos prejuízos e recuperar os problemas que ocorreram naregião”, afirma. Ele diz que um grupo da empresa tambémestá no local para avaliar os danos materiais e ambientais.