Nível de emprego na indústria paulista cresceu 6,1% em 2007

30/01/2008 - 17h00

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O nível deemprego na indústria paulista cresceu 6,1% em 2007, de acordoo Indicador de Nível de Atividade (INA) divulgado hoje (30)pela Federação e o Centro das Indústrias doEstado de São Paulo (Fiesp/Ciesp). Em 2006, o crescimento foide 3%. Em dezembro de 2007,comparado com o mês anterior, o nível de emprego caiu1,3%, com ajuste sazonal (descontadas as especificidades do mês).Sem ajuste, a queda foi de 11,9%. Comparado ao mesmo períododo ano passado foi registrado crescimento de 7%. Os dados de novembro,também divulgados hoje, registram queda de 1,2% com o ajustesazonal. Sem o ajuste, o nível de emprego foi de menos 4,3%.Comparando novembro deste ano com o mesmo mês do ano passado, ocrescimento foi de 7,9%. De janeiro a novembro houve crescimento de5,6%.O setor de máquinase equipamentos foi o que mais cresceu em 2007, 13,5%. Em comparaçãocom novembro houve queda de 10,7%, sem ajuste sazonal. Com o ajuste,a queda foi de 4,2%. Comparado a dezembro de 2006 o crescimento foide 11,3%. Em 2006 o crescimento anual do setor foi de 4,9%. “O crescimento nessesetor aconteceu porque a indústria está investindo emaumento de capacidade. Houve esse crescimento significativo e tambémde importação de máquinas. Todo investimentoreflete em aumento da capacidade da indústria para acompanharo crescimento do mercado interno”, afirma o documento.O setor de minerais nãometálicos cresceu 7% em 2007. No ano anterior a elevaçãofoi de 1,7%. O setor que menoscresceu foi o de produtos têxteis, com 3,4% de elevaçãono ano. Sem o ajuste sazonal, dezembro teve queda de 38,9%. Com oajuste, a queda foi de 4,7%. Segundo o diretorinterino do Departamento de Estudos Econômicos da Fiesp, WalterSacca, o crescimento da indústria em 2007 foi melhor do que oprevisto no início e no meio do ano, quando foi feita umarevisão que apontava crescimento de 3,5% e 5%,respectivamente. “Esse resultado foifavorecido nos últimos três meses principalmente peloaumento significativo do consumo, que propiciou o maior crescimentoda indústria”, afirmou Sacca. Na avaliaçãodo diretor da Fiesp, o consumidor está mais confiante naeconomia e houve aumento da massa salarial e dos número deempregos, em geral. “Sem dúvida aconfiança na estabilidade econômica deixa o consumidormais livre para exercer a atividade de consumo”. Sacca previu que esteano deve ocorrer um crescimento de 5% na atividade da indústriaassim como no Produto Interno Brito (PIB).O diretor disse queainda não há como avaliar se houve algum crescimento daindústria de infra-estrutura por conta do Plano de Aceleraçãodo Crescimento (PAC). “Por enquanto nãose tem observado dados reais a respeito, inclusive porque do PAC doano passado foi empenhado 80%, 90% da verba, mas só foi gastoparte disso, que ainda não dá nem para fazer cócegas”,disse.