Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro de Minas eEnergia, Edison Lobão, disse hoje (30), após reuniãodo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), queo aumento das chuvas em janeiro possibilitou a recuperaçãode bacias hidrográficas, a ponto de permitir a suspensãode algumas medidas preventivas adotadas.“A tendência édesativar as termelétricas em fevereiro. Se não todas,pelo menos uma parte significativa delas”, disse Lobão.Segundo ele,as chuvas no mês de janeiro atingiram 292 milímetros naBacia do Rio São Francisco, enquanto a média históricado período é de 282 milímetros. Na Bacia do RioGrande, a precipitação foi de 301 milímetroscontra a média de 267. No Rio Paranaíba, o volume dechuvas subiu de 282 milímetros para 297 milímetros.Nas regiões dasBacias do Rio Tietê e Iguaçu também houveprecipitações acima da média. “Isso vai nos dar umatranquilidade maior, mas nunca trabalhamos com hipótese deracionamento ou apagão”, afirmou o ministro.O diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), HermesChipp, informou que será definido um nível meta para os reservatóriosao final de cada ano, o que pode demandar a permanência de algumastérmicas em funcionamento. “A idéia é ter nível suficiente para enfrentar uma eventualescassez no ano seguinte. Quanto mais segurança a gente quiser, temosa possibilidade de gerar térmica”, disse Chipp. Os últimos dados do ONS indicam que os reservatórios das RegiõesSudeste/Centro-Oeste e Nordeste seguem em ritmo de recuperação devolume útil, com respectivamente, 49,32% e 29,28%.O acionamento das termelétricas foi anunciado há duas semanas pelo então ministro interino Nelson Hubner. Na ocasião, ele afirmou que as chuvas daqueles dias nãodavam segurança de que seriam suficientes para elevar o nível dosreservatórios. "Mesmo a meteorologia apontando para uma melhorasignificativa, nós manteremos a operação do maior número possível determelétricas".