Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O secretário de Assuntos Educacionais daConfederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), JoséThadeu Almeida disse hoje (29) que não há garantias de que os programas do setor não sofrerão cortes no orçamento. Representantes de confederações ligadas à educação se reuniram com orelator geral do Orçamento, deputado José Pimentel (PT-CE), para discutir os cortes noorçamento."De fato, não há garantia do que será mantido na suaglobalidade, do que será mantido. Não houve essa palavra de que não haverácortes na educação. Essa garantia não houve, de modo que iniciamos uma pressão e voltaremos no final de fevereiro para acompanhar o processo nas subcomissões deorçamento", afirmou Almeida.Segundo ele, apesar de não ter explicitado os programas que serãoprotegidos, Pimentel deu algumas sugestões sobre o que será mantido. "O que foi citado de manutenção foi o crescimento dosCefets [Centros Federais de EducaçãoTecnológica], concurso publico para as universidades e manutenção do PróInfância, que é a construção de creches para os municípios", disse o secretário.Pimentel afirmou que só no dia 12 de fevereiro vai informar quais áreas e programas sofrerãocortes. "O ideal é que tivéssemos os R$ 40 bilhões no orçamento 2008,que era um orçamento que dava para cumprir todas as metas do Plano deDesenvolvimento da Educação", afirmou, referindo-se aos R$ 40 bilhões que deixarão de ser arrecadados com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).Quanto a outras áreas, o deputado explicou que aguarda o relatório das estimativas de receitas da União, emelaboração pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), para fechar os cortes.