Demora na definição de cargos pode dificultar votação do orçamento, admite Garibaldi

29/01/2008 - 18h57

Antonio Arrais
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado,Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), admitiu hoje (29) que poderáhaver “alguma dificuldade” para a votação doOrçamento Geral da União para 2008, caso haja umademora maior na definição dos cargos de segundo escalãono Ministério de Minas e Energia, sob o comando de EdisonLobão, senador licenciado do partido."Eu acredito quepossa dificultar alguma coisa, mas não de uma maneira tãosignificativa, porque existem os interinos para isso [para ocuparos cargos]. Quanto ao orçamento, esse sim, é queprecisa ser logo aprovado. Deve-se chegar a um consenso sobre quaisserão realmente esses cortes", disse Alves. O governou fixou em R$20 bilhões o corte no orçamento, para compensar a perdade receita com o fim da Contribuição Provisóriasobre Movimentação Financeira (CPMF), cuja prorrogaçãofoi derrotada pelo Senado em dezembro passado.Garibaldi Alves Filhonegou que esteja participando das negociações para opreenchimento de cargos de segundo escalão no Ministériode Minas e Energia. Ele admitiu, no entanto, que no iníciocompartilhou e chancelou. "Eu nãoestou participando na linha de frente, isso está mais confiadoaos líderes, eles é que estão participandodessas conversações", afirmou.O presidente do Senadodisse que antecipou seu retorno a Brasília para participar,nesta sexta-feira (1), da abertura dos trabalhos do Judiciário,em solenidade no Supremo Tribunal Federal, e preparar a reaberturadas atividades do Legislativo, prevista para a Quarta-feira de Cinzas(6).Garibaldi Alves Filhoanunciou a primeira reunião com os líderes partidárioseste ano para o dia 12 de fevereiro, uma terça-feira, quandoserá definida a pauta de votações do primeirosemestre. Embora tenha algumas propostas, como a votaçãodos mais de 800 vetos presidenciais e mudanças na tramitaçãode medidas provisórias, ele disse que a pauta de votaçõesserá "aquela que nascer da reunião dos líderes".O presidente do Senadorecusou-se a comentar a situação do suplente doministro Edison Lobão - o empresário Edison LobãoFilho - e disse que, até agora, o suplente nãocomunicou oficialmente à Mesa Diretora do Senado quandopretende assumir o mandato de senador pelo Maranhão.Sobre a possívelida de Edison Lobão Filho do DEM para o PMDB, como fez o pai,Garibaldi Alves Filho também não quis comentar,alegando não saber oficialmente dessa decisão. Com relaçãoàs denúncias contra o empresário, o senadorlimitou-se a dizer que "para isso existe uma Comissão deÉtica no Senado, eu não posso fazer pré-julgamentos".