Venda interna de automóveis no ano passado supera em 22,7% a de 2006

07/01/2008 - 19h20

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A venda de carros nacionais em 2007 foi a maior já obtida pela indústria no país. Dados divulgados hoje (7) pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontam que foram vendidos 2.076.542 automóveis nacionais – 22,7% a mais que o resultado obtido em 2006. Se for levada em conta também a venda interna de caminhões e ônibus nacionais, o total comercializado no ano passado foi de 2.194.864 unidades – 22,9% superior ao atingido no ano anterior. Em 2005, as vendas internas de carros, caminhões e ônibus nacionais haviam totalizado 1.626.500 unidades, e em 2006, 1.785.400.O resultado surpreendeu a Anfavea, que em dezembro de 2006 esperava crescimento de 7,7% nas vendas de carros, ônibus e caminhões. “Fomos surpreendidos positivamente por uma intensidade de crescimento maior. Ninguém previa o efeito que teve a condição macroeconômica refletida no crédito. O mercado se expandiu muito em cima do mecanismo de crédito”, disse o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, em entrevista coletiva. Ele informou que além do aumento do crédito aos consumidores, colaboraram para a elevação das vendas a diminuição dos juros, o aumento do emprego e elevação da confiança dos consumidores.Quanto às exportações de veículos montados e desmontados, que somaram 786.772 unidades no ano, houve um decréscimo de 6,6% em relação ao resultado de 2006, que foi de 842,8 mil unidades. Em 2005, as montadoras brasileiras haviam exportado 897,1 mil unidades. A previsão da Anfavea para as vendas internas de carros nacionais em 2008 é de aumento de 14,4% em relação às de 2007. Para a de carros importados, a previsão é de crescimento de 43,6% em relação ao ano passado. A entidade estima ainda queda de 5,1% na quantidade de veículos exportados e crescimento de 8,9% na produção de veículos. Em 2007, do total de veículos leves vendidos, 86% foram flex fuel. Em 2006, o índice era de 78%; em 2005, de 50%; em 2004, de 22%; e em 2003, de 4%.