Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília (Brasil) - Um entendimento com os partidos de oposição no processo de discussão do corte de R$ 20 bilhões no orçamento em 2008 e também para aprovar a medida provisória que aumenta a alíquota da Contribuição sobre o Lucro Líquido das Empresas (CSLL) garantirá ao governo mais tranqüilidade na recomposição da perda gerada com o fim da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira(CPMF)A avaliação foi feita hoje (7) pelo presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), que lembrou a derrota sofrida pelo Executivo na votação do imposto."O governo teve uma experiência recente, sabe que é muito mais tranqüilo se aprovar num entendimento com a oposição. Essa é uma compreensão que o governo deverá ter". Para garibaldi, a decisão do Executivo de conversar com as lideranças sobre as novas medidas econômicas tem que ser estimulada. "Não podemos permitir que governo e oposição se dêem as costas assim facilmente".O senador recusou-se a vincular o debate parlamentar sobre o aumento das alíquotas da CSLL e do Imposto sobre Movimentação Financeira (IOF) à preservação das emendas de deputados e senadores apresentadas ao orçamento."Isso aí eu não chamaria nem de barganha, chamaria de chantagem. Não admito que deva ser tratado assim. Eu admito que o governo, tendo essa disposição para o diálogo, os parlamentares serão ouvidos e dirão que as emendas, pelo menos as de bancada, precisam ser preservadas".Garibaldi destacou que as emendas geralmente dizem respeito a obras maiores. Segundo ele, o problema é que "há pessoas que não querem acreditar no conteúdo das emendas".