Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em 2008,as exportações brasileiras deverão crescer o dobro damédia mundial, segundo previsão do governo federal. Ameta é de US$ 172 bilhões – 7% a mais que os US$160,64 bilhões registrados em 2007. “Essa meta foiestipulada em novembro, considerando as informações dossetores produtivos e as expectativas, inclusive, de crescimento docomércio mundial”, afirmou Weber Barral, secretário de ComércioExterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior, ao divulgar hoje (2) o resultado dabalança comercial do ano passado.Ele explicou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) e oFundo Monetário Internacional (FMI) prevêem umcrescimento de 5,2% a 5,4% para o comércio internacional. “Combase nisso, nossa meta é crescer o dobro das exportaçõesmundiais”, revelou, ao informar que a meta deve ser revista para cima.Asimportações também deverão manter tendência de crescimento em 2008. Embora o governo federal nãofixe meta, a previsão do secretário é de continuidade na compra de máquinas para projetos deinfra-estrutura.Na avaliação dele, a manutenção de um saldopositivo na balança comercial dependerá mais dacompetitividade brasileira que do câmbio. No ano passado, o superávit foi de US% 40 bilhões – 13,8% inferior ao saldodo ano anterior. “Todas as previsões que foram feitasconsiderando um efeito negativo do dólar mostraram-seexageradas. Esperava-se um déficit de US$ 2 bilhões eque as exportações ficassem em US$ 130 bilhões. O que se demonstrou ao longo do ano foi que a competitividade é muito mais importante que o câmbio”,afirmou. Ele destacou ainda que a nova política industrial tem comofoco justamente o aumento de competitividade do setor no país: "Pior do que o câmbio é a situaçãode gargalos logísticos e de gargalos de competitividade.”