Vacinação contra febre aftosa começa amanhã em municípios da Ilha de Marajó

31/12/2007 - 15h35

Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília (Brasil) - Começa amanhã (1º), em 15 municípios da Ilha de Marajó (PA), a primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa. Os criadores de rebanhos bovinos e bubalinos (búfalos) terão até o dia 15 de fevereiro para imunizar os animais. A segunda etapa da vacinação está prevista para agosto e setembro de 2008. A expectativa é aplicar cerca de 500 mil doses da vacina. Apenas o município de Gurupá, também pertencente ao arquipélago de Marajó, estará livre de vacinar o rebanho nessas datas. Os produtores de lá deverão seguir o calendário dos outros municípios do estado do Pará, para vacinação nos meses de maio e novembro. Devido à estação de chuvas na região, as datas de vacinação não coincidem com as do restante do país. Luciana Martins Lobato, gerente regional da Agência de Defesa Agropecuária do Pará no município de Soure, alertou, em entrevista à Agência Brasil, para a importância da vacinação dos rebanhos contra a febre aftosa: "A vacinação contra essa doença é importantíssima para a abertura de mercado e para dinamizar a economia. Hoje em dia, para ter um mercado livre, um mercado bom para a carne, todo o rebanho tem que estar imune. E para que isso aconteça, é preciso atingir a meta de mais de 90% de imunização no arquipélago inteiro." A vacinação contra a febre aftosa é obrigatória nas duas etapas. Durante o período de aplicação da vacina haverá fiscalização aleatória nas propriedades e o produtor que não imunizar seu rebanho será multado e considerado inadimplente. A gerente regional explicou que o produtor, para vacinar os animais, deverá comprar a vacina em uma loja cadastrada de produtos agropecuários. Depois da vacinação, ele deverá levar a nota fiscal original da compra da vacina ao município mais próximo, a fim de notificar a imunização. Segundo Luciana Lobato, os pequenos produtores poderão contar com a ajuda de agentes treinados pelo governo estadual, "porque alguns desses produtores encontram dificuldade para vacinar seus animais – muitas vezes, não têm pistola ou centros de manejo, por exemplo". Nos últimos anos, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as campanhas de vacinação alcançaram cerca de 90% do rebanho. Para 2008, a meta é chegar a 100%.