Em Villavicencio, vida segue enquanto missão e Farc negociam soltura de reféns

30/12/2007 - 9h43

Agencia Telam

Villavicencio (Colômbia) - Na noite passada, acidade colombiana de Villavicencio estava cheia de turistas locaisque olhavam com indiferença os 15 mil militares e outrostantos policiais que na madrugada, junto à comissão defiadores, buscavam por em marcha a Operação Emmanuel,de resgate de três reféns em poder das ForçasArmadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Osturistas, na maioria provenientes de Bogotá, vieram passar ofim de semana prolongado, que se estenderá atéquarta-feira (2). Os protagonistas da história olhavamos relógios, que parecian ter horas mais longas, enquanto nacapital colombiana a Cruz Vermelha Internacional acertava os detalhescom o governo de Alvaro Uribe para contar com todas as garantias parao êxito da operação. Paralelamente ànegociação, em Villavicencio a noite de sábadotranscorria como qualquer outra: as pessoas perambulavam pelo centroda cidade, que tem cerca de 300 mil habitantes, sem dar atençãoà presença militar. No rádio não seescutavam informes sobre o caso. Só um aviso estatalinterrompia a música. Trazia o número telefônicopara denunciar seqüestros extorsivos, uma praga na sociedadecolombiana. A comissão de fiadores – que tem comoporta-voz o ex-presidente argentino Néstor Kirchner – nãose cansa de ressaltar a importância de recorrer à"ferramenta política" para levar a bom porto esteepisódio que pode se transformar no primeiro degrau de umprocesso de paz. "Estamos aqui para colaborar e nãopara interferir", assegurou Kirchner durante a roda de imprensano aeroporto de Villavicencio. Ele ressaltou que los emissárioschegaram "para ajudar a reconstruir espaços de paz econvivência".