Presidente da Eletrobrás diz que competição no leilão da usina do Rio Madeira foi boa para consumidor

11/12/2007 - 22h25

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da Eletrobrás, Walter Cardeal, considerou positivo o resultado do leilão para a construção da hidrelétrica de Santo Antônio, realizado ontem (10), e vencido pelo consórcio liderado por Furnas e pela construtora Odebrecht.“O preço foi maravilhoso, o retorno está dentro dos parâmetros econômicos possíveis. A sociedade brasileira agradece. Conseguimos preços competitivos, com remuneração adequada e justa. A competição é essencial para que se estabeleça preços justos e adequados, a uma remuneração que caiba no bolso do consumidor brasileiro e que possa garantir que os empreendimentos aconteçam.”“Com isso, estamos retomando a geração de grande porte e larga escala de energia renovável e hídrica da região amazônica, que é o nosso maior potencial, com mais de 150 mil megawatts”, defendeu Cardeal.O presidente da Eletrobrás afirmou que o processo de aprendizado a partir da realização dos licenciamentos do Rio Madeira, com as usinas de Santo Antônio e Jirau, deverão facilitar o andamento de outras hidrelétricas, como a de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. “É um processo de conhecimento contínuo. Fazia 23 anos que não fazíamos um grande empreendimento na região amazônica. Quanto a Belo Monte, nós já conseguimos o termo de referência com o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis], o que é um grande avanço”, comemorou Cardeal, frisando que o processo de licenciamento ambiental de Belo Monte será amplamente discutido com a sociedade.Segundo o presidente da Eletrobrás, a empresa vai aumentar os investimentos para o próximo ano, devendo ultrapassar R$ 5 bilhões.Cardeal participou hoje (11) da cerimônia de entrega dos selos e dos prêmios do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) e do Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural (Compet) a pessoas e empresas que tenham se destacado ou contribuído com melhorias na economia energética em indústrias, empresas públicas e mídia. Os selos Procel e Compet indicam que os equipamentos são mais econômicos no uso de energia elétrica ou de gás. Na cerimônia de premiação, realizada no Rio de Janeiro, a Petrobras foi representada pela diretora de Gás e Energia, Graça Foster. Segundo ela, no mundo atual, garantir energia é questão de soberania, o que torna importante reeducar os consumidores e produtores para sua conservação."É crucial que, para o mesmo volume de energia, você possa gerar muito mais produto. Eficiência energética tem relevância quase tão grande quanto gerar energia."