Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Banco do Nordeste (BNB), RobertoSmith, informou hoje (11) que a instituição necessitará de aumento decapital em 2009. Smith esteve no Ministério da Fazenda para discutir o assuntocom o ministro Guido Mantega.
Segundo Smith, os recursos necessários devem ficarentre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão. Atualmente, o patrimônio líquido da instituição,criada para promover o desenvolvimento do Nordeste, chegaa R$ 1,6 bilhão, disse Smith. O aporte de capital vaipermitir que o BNB tenha mais garantias no fornecimento de crédito,conforme determina o acordo internacional de Basiléia.
Outro motivo é nivelar os empréstimos com as taxas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Conformeexplicou o presidente do BNB, as taxas da instituição ficam em 11,5% ao ano enquanto as do BNDES chegam a6,25%, por causa da taxa de juros de longo prazo (TJLP) e mais algo entre 1% e3%.
"Adiferença faz com que o BNB perca algumas negociações. Fazemos, em média, 1,6milhão de operações de crédito por ano, com preponderância para pequenas emicro empresas e o setor agrícola", informou.
Smithtambém disse que o BNB está em segundo lugar, atrás apenas do Banco do Brasil,no volume de recursos destinados ao crédito agrícola no país. O presidente doBNB lembra também que o Banco do Nordeste resolveu uma série de problemaspendentes do governo, como dívidas antigas, conhecidas como esqueletos,principalmente na área previdenciária, o que custou R$ 800 milhões.
"Estamospagando essa operação em sete anos, sem esforço adicional para o Tesouro.Queremos alguma recompensa", disse o presidente do BNB.Ele acrescentou que as projeçõesde empréstimo para 2007 devem ficar em R$ 8 bilhões. "Discutimos a possibilidade de baixar a taxa de juros das operações doFundo Constitucional do Nordeste (FNE). As taxas são subsidiadas para micro epequenas empresas. Queremos, pelo menos, uma equalização com o que o BNDEScobra", disse.