Para Frente Parlamentar da Saúde, oposição e governo precisam se unir por CPMF

11/12/2007 - 15h40

Felipe Linhares
Da Agência Brasil
Brasília - A base aliada e a oposição devem se unir pelo coletivo e prorrogar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para assegurar os recursos para a saúde. A avaliação é do presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).Em entrevista hoje (11) ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, Perondi destacou que a CPMF é imprescindível para a saúde pública do Brasil, já que é a principal fonte de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ele, 75% dos gastos nos atendimentos de urgência, emergência, ambulatorial e internação nos hospitais públicos vêm dos recursos da CPMF.“Esse pé da saúde, que já está fraco, pode quebrar no ano que vem sem os recursos da CPMF. Ficar mais fraco ainda e aí piorar o quadro de saúde no Brasil”, advertiu o deputado. Se a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga o tributo até 2011 não for aprovada, o governo, disse Perondi, terá de tirar dinheiro de outros programas e diminuir os recursos para a saúde.O deputado trabalha para convencer os colegas parlamentares da oposição mais sensíveis. Uma alternativa, de acordo com Perondi, é convencer a oposição a aprovar a CPMF com o compromisso de que o governo reduza a alíquota do tributo, atualmente de 0,38%.Para Perondi, no entanto, essa redução teria de ser gradual e não ocorrer apenas de uma vez. “Se fecharmos a torneira que mata a sede dos moradores, o que vai acontecer com eles sem outra fonte?”, questionou.O deputado afirmou que a oposição faz o papel dela ao criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas essa postura, segundo ele, precisa ter limite. “Tem um momento que oposição e situação precisam dar as mãos. Quando pode atingir o coletivo como um todo ela precisa refletir que a população pode julgar diferente. Há limites para uma oposição”, ressaltou.