Jucá diz que votação da CPMF deve ocorrer amanhã

11/12/2007 - 18h34

Iolando Lourenço e Priscila Mazenotti
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O líder dogoverno no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), manteve para amanhã (12) a previsão devotação da proposta que prorroga a ContribuiçãoProvisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Noentanto, admitiu que, dependendo do quadro, a votaçãopode ser antecipada."A probabilidadede votar hoje é pequena, até porque é um assuntoque vai se debater bastante. A idéia é abrirmos opainel [votar] amanhã. Se houver algum tipo deentendimento, que faça com que a votação possaocorrer hoje, é claro que queremos votar, mas esperamosuma longa discussão. O tema é polêmico e cada umvai querer expressar a sua posição, e deveremos entrar,inclusive pela madrugada", disse.Jucá alerta queé preciso pressa na votação da proposta para nãocorrer o risco de deixar para o ano que vem. "Queremos votaramanhã. Independente do número [de senadores que apóiama CPMF] é importante que se feche essa posição.Estamos com prazo exíguo, e se depender da minha opinião,mesmo com risco de perder, votaremos amanhã", disse.O senador afirmou que ogoverno continua trabalhando para obter os 49 votos necessáriospara aprovar a prorrogação do imposto. "Os votosnão estão fechados ainda, até porque cadasenador, no momento da votação, pode mudar: Quem votasim pode votar não, quem vota não pode votar sim", disse. "O que estamosfazendo é um trabalho de convencimento, de acompanhamento e dedemonstração da importância da CPMF",acrescentou.Embora líderesda oposição afirmem que o governo trabalha com ahipótese de adiar a votação da prorrogaçãodo imposto para o ano que vem, quando seria apresentada uma novaproposta, o líder do governo descartou a possibilidade. "Nãotrabalhamos com a hipótese de votar no ano que vem. Atéporque o orçamento federal precisa ser votado este ano e éfundamental saber se haverá ou não os recursos para asaúde e para o Bolsa-Família".Segundo Jucá,não se pode deixar em aberto uma votação comoessa por dois ou três meses, porque os estados e municípiosdependem dos recursos para a saúde. "A partir de 1ºde janeiro os estados terão de começar a gastar,calcados em despesas para a saúde, e os recursos poderãonão vir", disse.