Número de candidatos do PMDB à Presidência do Senado pode diminuir, estima Garibaldi Alves

10/12/2007 - 12h45

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), um dos candidatos à sucessão de Renan Calheiros (PMDB-AL) na Presidência do Senado, sinalizou hoje (10) que o número de candidatos apresentados pelo partido à eleição pode ser reduzido. Amanhã, o PMDB fará reunião para definir o assunto. Até o momento, além de Garibaldi, três senadores do partido lançaram suas candidaturas."Daqui para amanhã, o quadro pode se modificar. Não sei se com candidato novo, mas que se reduza esse número", disse. Segundo ele, o fato de o partido ter mais de um candidato não significa que esteja dividido. "Isso deve ser encarado como democrático".Garibaldi Alves disse que só abrirá mão de sua candidatura se o senador José Sarney (AP) for confirmado como candidato oficial do partido. "O senador José Sarney é o único que tem condição de desestabilizar o quadro, o único que vejo com essa condição, com esse poder", disse. "Mas continuo acreditando na palavra dele. Conversamos nesse fim de semana e ele disse que não é candidato", acrescentou.Na sexta-feira (7), cresceu no Senado um movimento em favor da candidatura do peemedebista Pedro Simon (RS) à presidência da Casa. Ele disse que só será candidato se for indicado por consenso pelo próprio partido. Garibaldi disse que o possível lançamento da candidatura dele pouco antes da eleição impediu que os outros candidatos pudessem "se entender com ele". "Todos os candidatos não gostariam de ter como competidor Pedro Simon. Inclusive eu", disse.Na reunião do partido amanhã, a previsão é de que haja consenso em torno do nome do candidato. Garibaldi disse que, seja por disputa interna ou por acordo, "o importante é que o partido possa sair com um candidato legitimado".Os líderes dos partidos de oposição têm dito que, caso esse nome não seja "palatável", irão apresentar candidato próprio. O senador Garibaldi Alves Filho disse preferir encarar essa possibilidade como "parte do quadro de efervescência", na Casa. "Mas não que a oposição quebre o quadro da proporcionalidade porque todos os cargos na Casa estão ancorados na proporcionalidade", disse. A eleição para escolha do novo presidente está marcada para quarta-feira (12).