Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Secretaria de RelaçõesInstitucionais da Presidência da República, José Múcio, disse hoje (10) estar otimistade que a proposta de emenda à Constituição (PEC) querenova a Contribuição Provisória sobreMovimentação Financeira (CPMF) por mais quatro anosserá votada amanhã em primeiro turno no Senado."A tendência é [a votação] ser amanhã. Estamos otimistas de que aprovaremos a matéria. Acontabilidade é a mesma que nós tínhamos e queas oposições têm. Tem alguns senadores que sentimos que suas consciências se movimentam com maisdesenvoltura”, disse.“Gostaria que votássemosamanhã. Nós tínhamos dois planos: o 'A' era votaramanhã e o 'B' era votar na quarta-feira. Mas éo líder Romero [líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR)] quem vai dizer qual é o melhor momento”.De acordo com o ministro, o presidenteLuiz Inácio Lula da Silva deve reservar parte da agenda de terça-feira,quando já estará em Brasília, para dar seqüênciaàs articulações políticas em torno do assunto.Questionado sobre a possível ausência dasenadora Roseana Sarney (PMDB-MA) amanhã no Senado por motivos desaúde, Múcio disse que o governo não podeprescindir do voto dela.“A gente precisa do voto dela. Num quórum desses que nóstemos, um voto é uma mutidão”.Sobre uma eventual proposta do governo de ampliar os repasses da CPMF paraa saúde, em busca de mais votos favoráveis àaprovação do imposto, o ministro foi enfático aoreafirmar que nada existe de concreto nesse sentido. “Quem a fez?Onde ela está? Eu ouvi dizer que essa proposta estava em jogo,mas não houve essa proposta. O que existe é um projetoque foi aprovado pela Câmara e hoje está no Senado”. Múcio voltou a destacar a importânciada CPMF para garantir recursos aos programas sociais. “Aprovada a prorrogação,continuam todos os programas sociais que existem no Brasil há muitos anos. É uma fonte que estásendo toda usada em programas dos mais necessitados. É umfonte que já existe para isso”.