Índia e China são os maiores compradores potenciais do agronegócio brasileiro, diz executivo

05/12/2007 - 19h31

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, avalia que o cenário internacional continua "muito favorável" ao agronegócio brasileiro, com a abertura de novas possibilidades especialmente na Índia e na China.Segundo ele, os produtos com maior potencial de venda no exterior são a soja e seus derivados e carnes em geral. Castro diz que o crescimento mundial induz ao maior desenvolvimento das populações, que passam a ter mais poder aquisitivo. Com o aumento do consumo, a demanda por produtos alimentícios tende a ser ampliada.“A Índia e a China são mercados que estão crescendo, sem ter área para expandir a produção agrícola. Esses dois mercados são os únicos em que a população do país supera um bilhão de pessoas. Então, qualquer crescimento automaticamente traz para o mercado um nível grande de novos consumidores”.Ele acrescentou que o Oriente Médio também se apresenta como um bom comprador para o agronegócio brasileiro. "A região depende de importação. Aí, quem tem condições, infra-estrutura e bom preço vai poder fornecer. É um mercado naturalmente importador”. Ele pondera que, enquanto o petróleo, principal produto do Oriente Médio, apresentar cotações elevadas como ocorre neste momento, o poder de compra dos países daquela região aumenta.Segundo a AEB, o agronegócio responde por 33% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no país) brasileiro, com participação de cerca de 45% na balança comercial do país.Castro participou hoje (5) do 9º Congresso deAgribusiness: Oportunidades e Riscos do Agronegócio, realizado pelaSociedade Nacional de Agricultura, na sede da Confederação Nacionaldo Comércio.