Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo concordou em discutir um redutor de algumas despesas correntes (despesas rotineiras), principalmente nos ministérios, como propôs o PDT. No próximo ano, nas discussões da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), será aberto espaço para discutir esse redutor.A informação foi dada pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-PE), ao deixar reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o senador Jefferson Péres (PDT-AM), que foi ao ministério levar a proposta de seu partido. Ao chegar para a reunião, JeffersonPéres afirmou que a aceitação da proposta poderia definir seu apoio à emenda quepropõe a prorrogação até 2011 daContribuição Provisória sobre MovimentaçãoFinanceira (CPMF).Péres explicou que a reivindicação pedetista é que se crie um mecanismo de contenção dosgastos correntes . “Isso não é uma brincadeira, nãoé uma proposta fútil. Nós estamos querendo quese faça isso para o interesse do país”.Ele destacou que pretendia lembrar a Mantega a importância de limitar os gastos, como ficouprovado com a Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabeleceuparâmetros para limitar os gastos de estados e municípios.Ao chegar, Péres afirmou que a condição do PDT para apoiar a prorrogação da CPMF é o atendimento às três reivindicações apresentadas: redução da CPMF, já acatada pelogoverno; a redução do impacto da DRU sobre as verbaspara educação, já acatada, e a reduçãodos gastos públicos, aceita hoje. Segundo ele, aceitos os três pontos, os cinco senadores doPDT votarão a favor do governo.“Se o governo assumirum compromisso formal de que isso será atendido, votaremos afavor”, disse. Para ele a proposta de redução degastos poderia ser encaminhada até por uma emendaconstitucional.Na opinião do senador, arenúncia de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência daCasa e a disputa sucessória desencadeada imediatamente, deveatrapalhar a votação da emenda da CPMF.“Acho que estáno terreno incerto. Hoje eu não saberia dizer. Já haviadificuldade na base do governo e isso se complicou agora com aeleição no Senado”.