Brasil e Chile firmam acordo de cooperação na área da Defesa

04/12/2007 - 15h54

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil e o Chile firmaram acordo de cooperação na área da Defesa, para troca de experiências em ciência e tecnologia e no desenvolvimento, apoio logístico e aquisição de equipamentos e serviços de defesa. A parceria foi acertada ontem (3), durante visita do ministro da Defesa, Nelson Jobim, a Santiago, capital chilena. De acordo com o Ministério da Defesa, o acordo prevê também parceria na capacitação de tropas em operações de paz - Brasil e Chile integram a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). Nesse sentido, os dois países se comprometem a promover o intercâmbio de experiências no uso de equipamentos e em exercícios militares e o intercâmbio de instrutores e alunos de instituições militares e estabelecimentos acadêmicos de defesa. Também se propõem a inventivar a participação dos militares em cursos teóricos e práticos em entidades de ensino.Além de firmar o acordo de cooperação com o governo chileno, Jobim particpou de reunião do Grupo de Trabalho Bilateral Sobre Defesa para discussão de temas de interesse comum. Segundo informações do Ministério da Defesa, Jobim aproveitou a ocasião para falar do Plano Estratégico Nacional de Defesa, em elaboração, que definirá o papel de cada Força e suas respectivas necessidades. O ministro também comentou a atuação brasileira na Minustah e assegurou que as tropas do país permanecerão no Haiti enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) julgar necessário. Ainda segundo o Ministério da Defesa, o ministro chileno da Defesa, José Goñi Carrasco, teria pedido ao Brasil maior cooperação na Antártida, onde os dois países desenvolvem pesquisas.Na semana passada, Jobim esteve com o ministro da Defesa do Equador, Wellington Sandoval, com quem falou sobre a importância da cooperação latino-americana e do intercâmbio de conhecimentos na área militar. O Brasil já fornece equipamentos militares para o Equador e contribui no treinamento de pilotos e mecânicos de aeronaves militares e na formação de pessoal do Exército daquele país.A aproximação brasileira com os vizinhos sul-americanos na área da Defesa atende determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em janeiro, durante a reunião da União Sul-Americana, em Cartagena, na Colômbia, o presidente deve, inclusive, propor a constituição de uma junta sul-americana de Defesa - uma instância para discussão temas de defesa entre ministros dos países da região. Até meados do ano que vem, o ministro da Defesa deve visitar todos os países da região para debater a formulação de um plano de segurança e defesa regional.