Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O PSDB e o DEMdecidiram hoje (3) mudar a estratégia no ritmo de tramitaçãoda proposta de emenda à Constituição (PEC) queprorroga até 2011 a cobrança da ContribuiçãoProvisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).Ao invés deacelerar o processo, os dois partidos decidiram cumprir o RegimentoInterno do Senado no que diz respeito a prazos e agir com cautela. "Cautela érecomendável neste momento. A oposição vai agircom toda a cautela, dia a dia", afirmou o líder doDemocratas, José Agripino Maia (RN). A decisão foitomada após uma reunião com o presidente da Comissãode Constituição e Justiça (CCJ), senador MarcoMaciel (DEM-PE), da qual participaram, também, o lídere o presidente do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM) e SérgioGuerra (PE), respectivamente. O senador JoséAgripino afirmou que na avaliação diária dosvotos quem dará o ritmo de apreciação da matériaé o presidente da CCJ, uma vez que, com base no regimento,cabe a ele incluir a matéria na pauta. A PEC retornaráà comissão por causa das emendas apresentadas. O líder dogoverno no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), confirmou a entregade seu parecer amanhã (4) a Marco Maciel. As reuniõesda CCJ são realizadas toda quarta-feira e, em tese, se votadano dia 5, haveria condições de a PEC ser apreciada nodia seguinte em Plenário. "Todo cuidado épouco e toda cautela é recomendável, porque eu vou,agora, marcar prazo quando não é minha obrigaçãomarcar prazo. Quem determina prazo é o regimento. Os fatos eas circunstâncias vão determinar o dia, a hora e ominuto em que esta matéria será apreciada na CCJ,quando o relator apresentar seu parecer", afirmou o líderdo DEM. Ele disse que estasemana "será decisiva no encaminhamento do processo devotação da PEC. José Agripino comemorou aconquista de mais um voto contra a CPMF. O peemedebista GeraldoMesquita (AC) afirmou que votará com tucanos e democratas."Hoje o dia foi dos que querem derrubar a CPMF", afirmou. O presidente do PSDB,Sérgio Guerra, reconheceu a dificuldade tanto do governoquanto da oposição para aprovar ou derrubar acontribuição. "Vai ser uma votaçãomuito dura. Quem disser que está com ela resolvida nãoestá dizendo com segurança coisa nenhuma. Vai serresolvida por pouquíssimo voto, dois ou três, nomáximo". O senador afirmou quedificilmente a matéria entra na pauta do Plenário estasemana. Para ele, votar a matéria na comissão (CCJ),esta semana, seria "apressado demais".