Mundo espera respostas contra aquecimento, avaliam autoridades ao abrir reunião da ONU

03/12/2007 - 8h11

Luana Lourenço
Enviada especial
Bali (Indonésia) - A abertura da 13 Conferência da Partes sobre o Clima (COP-13) foi marcada pela defesa de medidas políticas urgentes para conter o avanço e os impactos do aquecimento global. A reunião da Organização das Nações Unidas vai discutir de hoje (3) até o dia 14 o futuro do regime internacional de mudanças climáticas.Ao transferir a organização dos trabalhos para o ministro do Meio Ambiente da Indonésia, Rachmat Witoelar, o presidente da COP-12, David Mwiraria, defendeu a implantação efetiva de mecanismos de transferência de tecnologia para os países em desenvolvimento. "É preciso aproveitar o momento histórico mundial", afirmou. A COP-12 realizou-se em 2006, em Nairóbi (Quênia). O novo presidente afirmou que da COP-13 não sairão acordos definitvos para um novo regime climático mundial, mas medidas urgentes como mais investimentos cooperação tecnológica e aperfeiçoamento de instrumentos de mercado, como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)."Conhecemos o problema e temos as ferramentas. Falta vontade política", avaliou Witoelar.O secretário-geral da Convenção-Quadro da ONU sobre o mudanças climáticas, Yvo de Boer, também defendeu a  transferência de tecnolgia como uma das prioridades na relação entre as nações ricas e os países em desenvolvimento e  elencou a decisão sobre as emissões por desmatamento e a operacionalização do fundo para investimentos em adaptação como prioridades da agenda mundial em Bali.O quarto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) e as reuniões internacionais sobre o tema ao longo do ano, como o encontro da ONU, em setembro, e a reunião do G-8, foram apontados durante os dicursos como fatores que fizeram de 2007 "o ano do aquecimento global", segundo De Boer. "Os olhos do mundo estão em Bali. O planeta espera respostas significativas", avaliou o secretário-executivo.