Cesta básica sobe em 11 das 16 capitais pesquisadas, aponta Dieese

03/12/2007 - 16h34

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O preço dosgêneros alimentícios que compõem a cesta básicasubiu em novembro em 11 das 16 capitais pesquisadas pelo DepartamentoIntersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos(Dieese). As maiores elevações ocorreram em Brasília(6,40%), Aracaju (5,73%), Salvador (4,31%), Belo Horizonte (3,9%),Goiânia (3,86) e Natal (3,8%). A queda ocorreu em cincocidades: Porto Alegre (-4,11%), Vitória (-1,56%), JoãoPessoa (-0,51%), Fortaleza (-0,17%) e Florianópolis (-0,09%).O preço maior para o conjunto de produtos alimentíciosbásicos foi apurado em São Paulo (R$ 205,48), seguidopela capital gaúcha (R$ 205,18) e Rio de Janeiro, com R$194,92. Os menores valores foram verificados em João Pessoa(R$ 142,43), Recife (R$ 145,42) e Fortaleza (R$ 146,71).Emnovembro, o tempo de trabalho necessário para a aquisiçãodos gêneros da cesta básica, na média das 16capitais pesquisadas, foi de 101 horas e 11 minutos, quase 2 horas amais que o necessário em outubro, quando o comprometimentocorrespondia a 99 horas e 19 minutos. Em novembro de 2006, a jornadanecessária era de 100 horas e 29 minutos.O gêneroque mais subiu no mês foi o feijão – teve elevaçãoem todas as capitais –, com destaque para Aracaju (80,87%), Recife(36,19%), Belo Horizonte (35,90%) e Natal (35,69%).A carneficou mais cara, em novembro, em 15 capitais, em especial em Brasília(13,01%), Salvador (9,46%), Recife (9%) e Natal (8,76%). A únicaredução foi observada em Porto Alegre (-0,55%).Apesarde na comparação mensal o preço do leite terapresentado queda em oito localidades, em relação anovembro de 2006, houve aumento em todas as capitais. As principaiselevações foram observadas em Salvador (40,54%), PortoAlegre (33,93%) e Curitiba (32,73%).Com base no valor apuradopara os itens essenciais em São Paulo, a pesquisa do Dieeseestima que o salário mínimo necessário emnovembro deveria ser de R$ 1.726,24 (4,54 vezes o valor do saláriomínimo atual), levando em consideração adeterminação constitucional que estabelece que osalário mínimo deveria ser suficiente para cobrir asdespesas de um trabalhador e de sua família com alimentação,moradia, saúde, educação, vestuário,higiene, transporte, lazer e previdência.No acumuladodo ano, todas as 16 capitais apresentaram alta no preço dosprodutos alimentícios de primeira necessidade. As elevaçõesmais significativas ocorreram em Salvador (17,35%), Aracaju (16,34%),Vitória (13,79%), Rio de Janeiro (13,73%) e Belo Horizonte(13,16%). A menor variação acumulada foi apurada emJoão Pessoa (6,39%), única cidade com alta inferior a10%.