Antonio Arrais
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As procuradoras da República Lindôra Araújo e Célia Regina Delgado, do Ministério Público Federal, não confirmaram se vão apresentar denúncia contra o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, no inquérito que apura investigações da Polícia Federal na chamada Operação Navalha, que desarticulou um grupo especializado em fraudar obras públicas.As duas procuradoras confirmaram, por intermédio da Assessoria de Comunicação Social da Procuradoria Geral da República, que estão trabalhando no inquérito, mas não admitiram nem mesmo se vão encaminhar denúncia, na próxima semana, à ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, encarregada do julgamento dos envolvidos na operação da PF.Em maio último, Silas Rondeau deixou o ministério, após a divulgação da Operação Navalha, que envolveu seu nome na suspeita, da PF, de que teria recebido R$ 100 mil da diretora da empresa Gautama Maria de Fátima Palmeira. O dinheiro teria sido entregue ao então assessor do ministro Ivo de Almeida Costa, que foi preso na operação. Na época, o ex-ministro teve a promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que poderia retornar ao ministério, caso seu nome ficasse fora do rol de denunciados pelo Ministério Público Federal. Na operação foram presas 46 pessoas, entre empresários, lobistas, prefeitos, um ex-deputado distrital de Brasília e o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares. Deles, 30 já estão com indiciamento definido.O grupo é acusado de fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, superfaturamento de obras e desvio de dinheiro público, além de formação de quadrilha. Segundo a PF, o chefe do grupo seria o empresário Zuleido Veras, um dos presos na operação e dono da construtora Gautama.- - -