Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A maiorvontade política no plano nacional e a ajuda internacional sãoapontados pela Organizaçãodas Nações Unidas para a Educação, aCiência e a Cultura (Unesco) como elementos essenciais para queos países consolidem estruturas educacionais qualificadas até2.015. O alerta é um dos pontos do Relatório deMonitoramento Global do Educação para Todos (EPT),lançado pela entidade.
O documento diz que “as políticas de educaçãodevem priorizar a integração, a alfabetização,a qualidade, o desenvolvimento de capacidades e os financiamentos.” Segundo a Unesco, aos governos nacionais caberia aumentar o número desalas e de professores nas escolas, ajudar financeiramente criançasde famílias mais pobres, organizar modelos flexíveis deensino, mais adequados aos jovens que trabalham, e dar máximaprioridade à alfabetização de adultos.
Como meios para atingir os objetivos, o relatóriosugere “fomentar as associações construtivas entre oestado e o setor não governamental” e o fortalecimento dacapacidade de gestão em todos os níveis daadministração estatal.
O programa do governo brasileiro “Bolsa Família” écitado no documento como “o mais importante dos programas detransferências [de renda] de todos os países emdesenvolvimento”, por atender 46 milhões de pessoas, dentre elas 16 milhões de crianças beneficiadas porsubsídios vinculados à presença nas escolas.
A Unesco faz um apelo a países doadores derecursos e organizações internacionais para que seatinja até 2010 investimentos externos anuais de US$ 11bilhões na educação das naçõesmais pobres, com a destinação de mais recursos aoensino básico. “A ajuda à educação nãotem se centrado nos países mais necessitados e, alémdisso, só dedica um parte mínima à educaçãode primeira infância e aos programas de alfabetização”.