Correios lançam projeto para tentar realizar o sonho de crianças neste Natal

29/11/2007 - 16h48

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Tentar realizar o sonhode crianças brasileiras no Natal é o objetivodo projeto Papai Noel dos Correios, lançado hoje (29) emBrasília. A proposta é responder todas as cartas quesão enviadas ao Papai Noel, ou com outra cartinha, ou com opresente pedido, que é doado pela sociedade. Neste ano, sãoesperadas 1 milhão de cartas, o dobro do ano passado. Todascartas que chegam endereçadas ao Papai Noel sãoselecionadas por um grupo de voluntários da própriacomunidade. Depois da triagem, os pedidos ficam disponíveispara quem quiser adotar uma cartinha e realizar o desejo daquelacriança. Para doar o presente, não é preciso seidentificar. Opresente é entregue nos Correios, que fica encarregado delevar os brinquedos aos centros de distribuição eentregar um aviso na casa da criança. Quem não tiver oseu pedido atendido, recebe pelo menos uma resposta. Segundoo presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, aparticipação da sociedade é fundamental para osucesso do projeto. “Contamos com a comunidade, com voluntáriosna fase da leitura das cartas, e com a infra-estrutura dos Correiospresente em todos os municípios brasileiros, tanto na coletadas cartas quanto na entrega das cartas e dos presentes”, afirmou.

Paraadotar uma carta ou ajudar como voluntário na triagem, basta procurar a Casa do Papai Noel de suaregião. Os contatos estão no site dos Correios(www.correios.com.br).

As crianças que quiserem mandar uma carta devem destiná-la ao Papai Noel e entregar o envelope em qualquer agência dos Correios, sem seesquecer de colocar o endereço completo do remetente,inclusive o CEP.

Oempresário Gastão Lima foi ao Centro de Encomendas dosCorreios em Brasília para escolher 25 cartinhas. Ele mobilizouos funcionários de sua empresa e organizou um amigo ocultopara distribuir as cartas entre os que quiseram participar dacampanha. Para ele, ajudar quem mais precisa é uma obrigação.“Gente, o que a gente está fazendo aqui, se não forajudar a quem precisa?”, questiona.

Ao mesmotempo em que os Correios lançavam o projeto, o Sindicato dosTrabalhadores dos Correios fazia um protesto contra a forma como ospresentes são distribuídos. De acordo com o presidentedo sindicato, Moisés Leme da Silva Neto, no ano passado muitospresentes não foram entregues porque as pessoas mais pobresnão têm condições de ir buscá-los.

Ele dizque, neste ano, a entrega será fiscalizada pelostrabalhadores. “Como os Correios é uma empresa de entrega,queremos que possa entregar esses presentes na casa dessascrianças que fazem as cartinhas, que tanto esperam o PapaiNoel dos Correios”, explicou.