Senador do PMDB ameaça votar contra a CPMF

20/11/2007 - 17h18

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A base do governo noSenado corre o risco de perder mais dois votos entre os 20peemedebistas da bancada na Casa. O senador Gerson Camata (PMDB-ES)afirmou hoje (20) que "se insistirem num acordo para misturar ocaso Renan Calheiros com a votação da CPMF[Contribuição Provisória sobre MovimentaçãoFinanceira]", o governo corre o risco de perder seu voto. Ele disse ainda que o senador Valter Pereira (PMDB-MS) também pode votar contra a prorrogação do imposto. Camata informou queconversará ainda hoje com o líder do partido, ValdirRaupp (RO), para comunicar a decisão. "Neste acordo ogrupo ético do PMDB vai votar contra ", afirmou opeemedebista.Os senadores PedroSimon (RS), Mão Santa (PI) e Jarbas Vasconcelos (PE) tambémjá avisaram ao líder do partido que votarãocontra a prorrogação da cobrança da CPMF. O próprio RenanCalheiros foi a público para tentar desvincular os doisassuntos [cassação de seu mandato e aprovaçãoda CPMF], após dias tentando se manter distante dosnoticiários."Não temcomo misturar um julgamento que a Casa vai se ater a provas com arecriação de um tributo. Por mais que queiram nãovão conseguir isso", afirmou Renan Calheiros.O senador considera quehá uma "crise política artificializada" noSenado. Ele disse que se não fosse essa tentativa da oposiçãode tentar vincular a sua absolvição ao apoio de partedos peemedebistas à CPMF, o seu julgamento já teriaocorrido em Plenário.O líder dogoverno, Romero Jucá (PMDB-RR), segue a mesma linha deraciocínio de Renan sobre o suposto acordo para garantir aaprovação da CPMF. "Não vaimisturar. São água e óleo. São duascoisas completamente separadas e não serão misturadasporque não é intenção do governo, nãoé intenção do senador Renan e não éintenção do próprio Senado".