Ministro diz a senadores que Bolívia deve fornecer todo gás que o Brasil precisa

20/11/2007 - 17h36

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro interino deMinas e Energia, Nelson Hubner, está confiante de que a Bolívia vai fornecer todo o gás de que oBrasil necessita, em volumes que serão noticiados assim que osgovernos dos dois países concluam os termos do acordo a serassinado na visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silvafará a La Paz, prevista para o dia 12 de dezembro.Ao participar deaudiência pública hoje (20) na Comissão deInfra-Estrutura do Senado, para falar sobre a políticaenergética no país, o ministro atendeu aos reclamos dossenadores que focaram suas preocupaçõesnas garantias que o país vizinho pode dar quanto àcontinuidade de fornecimento do gás natural de que o Brasilprecisa.Nelson Hubner lembrouaos senadores que "a Bolívia cumpriu todos os contratosde fornecimento de gás ao Brasil, até agora".A preocupaçãoé pertinente, de acordo com o presidente da comissão,senador Marcone Perillo (PSDB-GO), porque a Bolívia fechoucontrato para fornecer gás à Argentina, a partir de2010, e vai precisar descobrir e explorar novas reservas de gáspara honrar os compromissos. O senador Flexa Ribeiro(PSDB-PA) lembrou que quando o presidente Evo Morales anunciou anacionalização do gás e petróleo, tanto opresidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto o presidente da Petrobras, JoséSérgio Gabriele, afirmaram que não faltaria gásnem haveria aumento de preços para o consumidor. "Houve as duascoisas", disse o senador, acrescentando que hoje o paíssofre os efeitos do desabastecimento de gás, em especial ascidades do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Cuiabá.A diretora de Gáse Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, que tambémparticipou da audiência pública, disse que a produçãodoméstica de gás vai melhorar a partir do ano que vem,e adiantou que a perspectiva é de a Petrobras atingirfornecimento diário de 55 milhões de metros cúbicosde gás por dia dentro de três anos. Ela reconheceu que essaprodução não será suficiente para atendera demanda interna, mas disse que certamente vai reduzir a dependênciaexterna por gás.