Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A reunião dos líderes partidários na Câmara dos Deputados terminou sem acordo sobre as votações no plenário da Casa. No entanto, o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) decidiu pôr em votação no plenário os itens que trancam a pauta, mesmo sem consenso entre os deputados.Atualmente, quatro medidas provisórias (MPs) e um projeto de lei de urgência constitucional bloqueiam a pauta de votação. Sem a liberação da pauta, os deputados não poderão votar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que fixa os gastos das Câmaras de Vereadores conforme a arrecadação dos municípios (PEC dos Vereadores), tratada como prioridade por Chinaglia.Ao deixar a reunião, o líder do Democratas, deputado Onyx Lorenzoni (RS), afirmou não haver divisão entre base aliada e oposição. “Aqui há uma divisão entre teses”, declarou, referindo-se às opiniões divergentes entre os relatores das matérias e os demais deputados.Os partidos não chegaram a um acordo para a votação da MP 388, que regulamenta o trabalho do comércio aos domingos e feriados, e a MP 394, que prorroga o prazo para o registro de armas.Ainda trancam a pauta outras duas medidas provisórias: uma que abre crédito extraordinário de R$ 3,25 bilhões para ministérios e outra que autoriza a União a resgatar certificados do Tesouro emitidos a partir de 1999.Votadas as quatro MPs, os deputados terão que votar o projeto de lei que cria o Regime de Tributação Unificada (RTU) para importações de mercadorias do Paraguai por via terrestre. A proposta chegou a tramitar na Câmara como a MP dos Sacoleiros, mas foi revogada pelo governo para permitir a votação da PEC que prorroga até 2011 a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).Neste momento, os deputados já estão no plenário participando da sessão ordinária e tentando chegar a um acordo de última hora para votação da MP 388, o primeiro item da pauta.