Para EUA, novo relatório da ONU reforça medidas já tomadas e não mudará políticas

18/11/2007 - 9h03

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Representantes da área ambiental do governo dos Estados Unidosafirmaram em conferência de imprensa que o quarto relatório do PainelIntergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), lançado pelas Nações Unidas (ONU) ontem (17),não traz novidades e, por isso, não causará mudanças nas políticasambientais do país.“Os Estados Unidos se baseiam em contribuições científicasda Organização das Nações Unidas e do próprio EUA. Este trabalho [orelatório do IPCC] não apresenta nenhuma novidade já que é um resumo de outrosestudos apresentados anteriormente. Portanto, não deve haver mudança, mas,sim, um reforço”, disse o presidente do conselho de qualidade ambiental dosEUA, Jim Connaughton, em entrevista divulgada pela assessoria de imprensa do Departamento de Estado norte-americano.Além dele, participaram do encontro com jornalistas aintegrante da delegação americana no IPCC, Sharon Hays, e o negociador de questões do climado Departamento de Estado, Harlan Watson.De acordo com as estimativas dos representantesnorte-americanos, os EUA investiram cerca de US$ 12 bilhões (quase R$ 24 bilhões) em estudos sobre mudançasclimáticas desde 2001. Segundo eles, o país já incentiva a produçãode energia renovável e o uso de combustíveis alternativos, além de negociaracordos bilaterais com outros países e participar das discussões ambientais compaíses que compõe o G8.O governo norte-americano afirmou, no entanto, que não apresentará propostaspara mudanças no Protocolo de Quioto na Conferência das Partessobre o Clima (COP), que será realizada emBali, na Indonésia, no início de dezembro. Para os EUA,as discussões de Bali são apenas o início de um longo processo de negociaçãointernacional.