Governo e oposição vão travar "luta regimental" para votar CPMF, diz presidente do Senado

12/11/2007 - 14h06

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente interino do Senado Federal, Tião Viana (PT-AC), já dá como certo que a oposição vai apresentar, em plenário, emendas à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga até 2011 a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).A matéria deve ser votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) até quarta-feira (14), seguindo o acordo feito entre a liderança do governo e o partido Democratas."É um recurso regimental legítimo [as emendas]. É algo que está dentro do espaço de diálogo entre governo e oposição e, seguramente, o Democratas não abrirá mão desse expediente". Se as emendas forem apresentadas em plenário, a PEC deve voltar à CCJ para que, em um prazo de 30 dias, elas sejam analisadas.De acordo com o senador, será travada uma "luta regimental" entre governistas e oposição quando a matéria chegar ao plenário. Tião Viana não quis adiantar quais os recursos regimentais a base aliada tem em mãos para evitar que a votação da PEC seja adiada para depois de dezembro.Ele ressaltou ser preciso aguardar o desenrolar das negociações entre governo e oposição para que se possa tomar alguma providência.O senador não foi claro quando questionado por jornalistas sobre a possibilidade de reduzir o recesso parlamentar para colocar em votação, ainda este ano, a PEC da CPMF."Estamos falando de uma etapa da luta regimental que terá a oposição e a base do governo. Eu tenho que fazer cumprir o regimento".