Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e as centrais sindicais vão apresentar em 90 dias à Casa Civil da Presidência da República uma proposta para o financiamento dos sindicatos. Portaria publicada hoje (8) no Diário Oficial da União, assinada pelo ministro Carlos Lupi, cria um grupo de trabalho para elaboração da alternativa de financiamento. O grupo será formado por representantes do ministério, das centrais Autônoma de Trabalhadores (CAT); Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB); Única dos Trabalhadores (CUT); da Força Sindical; da Social Democracia Sindical (SDS) e da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). Uma primeira reunião já está marcada para a próxima terça-feira (13). No dia 17 de outubro, a Câmara dos Deputados aprovou uma emenda do deputado Augusto Carvalho (PPS-DF) ao projeto de lei que regulamenta as centrais sindicais, que acaba com a obrigatoriedade da contribuição sindical pelos trabalhadores. O projeto ainda será apreciação pelo Senado.A emenda aprovada diz que o desconto da contribuição sindical – equivalente ao salário de um dia de trabalho, no mês de março de cada ano – só poderá ser feito pelo empregador com autorização individual de cada empregado. Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, as centrais pretendem prioritariamente, na negociação com o governo, garantir o financiamento do sindicato de base. “Nós sabemos que a contribuição que mais beneficia o sindicato de base é a chamada contribuição negocial, contribuição assistencial, na época do acordo coletivo. Então nós achamos que essa deva ser a prioritária no sentido de garantir o financiamento do sindicato de base”, defendeu.