Presidente da CNT diz que rodovias ruins são resultado da má gestão pública

07/11/2007 - 17h05

Hugo Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente daConfederação Nacional do Transporte (CNT), ClésioAndrade, afirmou hoje (7), durante a divulgação daPesquisaRodoviária 2007, que as más condiçõesdas rodovias nacionais são decorrentes de falhas na gestãopública. “O ponto crítico é a capacidadegerencial do governo para dar respostas para questões deinfra-estrutura. Há um problema de gestão do Estado”, afirmou.Clésio Andrade negou que privatizar seja asolução para resolver o problema dos 64.699 quilômetrosde rodovias consideradas inadequadas pela CNT. “Não épossível afirmar que o caminho para melhorar as vias éa privatização. É preciso ter viabilidadeeconômica. Não adianta o governo querer privatizarrodovias com pequeno fluxo”, argumentou. O presidente da CNT criticou a falta deinvestimentos no país, que considerou como prejudicial para o desenvolvimento.“O governo precisa reagir, e não só na área detransportes. É necessário acordar porque o paísestá crescendo e vai haver muitas dificuldades pela falta deinfra-estrutura. Há recursos para evitar isso”, disse.Clésio Andrade criticou a subutilização dasbalanças que aferem o peso de caminhões nasrodovias. E garantiu que as pistas poderiam ter melhor conservaçãose houvesse controle do volume de cargas transportadas. “Hámuitos anos o Brasil vem abandonando as balanças. Esse éum problema que agrava a situação das rodovias”. A pesquisa da CNTavaliou que 26,1% das rodovias brasileiras são boas ou ótimas e33,% são ruins ou péssimas. Entre outros aspectos negativos,o levantamento mostra que 42,5% das pistas não tem acostamento. Os dados apontam ainda que as melhores rodovias são privatizadase estão situadas no estado de São Paulo. Asmais precárias ficam no Norte e no Nordeste.