Taxa de desemprego é a menor para os meses de setembro desde 2002

25/10/2007 - 14h16

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A taxa de desemprego de9% verificada em setembro é a menor para o mês desde oinício da série da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), doInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), emmarço de 2002. O resultado divulgadohoje (25) indica que 201 mil pessoas ingressaram no mercado detrabalho em setembro, número que sobe para 551 mil pessoasquando a base de comparação é setembro de2006, um crescimento de 1% e 2,7%, respectivamente.“Essa redução[da taxa de desemprego] é conseqüência damelhora da atividade econômica, que vem levando a umaquecimento da economia, e conseqüentemente ao aumento do nívelde emprego”, disse o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo.Azeredo destacou que amédia da taxa de desocupação, de janeiro asetembro, está em 9,7%, também a melhor da série.No ano passado, à média de desocupaçãofoi de 10,2%, o que significa, segundo o pesquisador, que o paísvai fechar o ano com uma média ainda menor do que a de 2006.“Isto não éprevisão. É leitura da série histórica dapesquisa que mostra que daqui para frente a taxa tende a cair aindamais. Os resultados são animadores e o nível deocupação subiu. Portanto, há muito que secomemorar neste mês de setembro, pois a pesquisa mostraresultados bastante favoráveis para o mercado de trabalho”.Cimar Azeredo ressaltou que não se deve esquecer o fato de que aindaexiste um saldo de desocupados muito alto tentando ingressar nomercado de trabalho.“É verdade queainda persiste um contingente alto de pessoas tentando se inserir nomercado de trabalho. São pouco mais de dois milhões depessoas tentando obter emprego. Isto significa que 9% da populaçãoeconomicamente ativa (PEA), que é de 23,3 milhões,ainda está tentando conseguir trabalho, sem obter êxito”,disse. Os dados da PME indicamque do total da população economicamente ativa emsetembro, 21,3 milhões de pessoas estavam trabalhando. “Mas o dado positivoé que a desocupação vem caindo e quandocomparado com dois, três, cinco anos atrás nósmelhoramos muito o mercado de trabalho do ponto de vista dadesocupação. É sempre bom lembrar que estapopulação desocupada tem um endereço e umperfil. Ela é jovem, em sua maioria mulheres e pessoas comescolaridade alta. Portanto, são pessoas que têm nívelpara entrar no mercado de trabalho, mas talvez por falta dequalificação e experiência não vêmobtendo sucesso e estão de fora do mercado de trabalho”, afirmou Cimar Azeredo.