PF prende 32 suspeitos de fraude em licitações da Funasa em Roraima

25/10/2007 - 19h36

Morillo Carvalho
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Polícia Federal prendeu 32 pessoas suspeitas de fraude em licitações da FundaçãoNacional de Saúde (Funasa) em Roraima, para serviços de táxi aéreo, obras de engenharia e compra de medicamentos. Na Operação Metástase, realizada hoje (25), foram mobilizados 252 agentes. Entre os presos estão servidores da Funasa, sócios e administradores de empresas que participaram das licitações. Segundo o coordenador da operação, delegado Alexandre Ramagem, as fraudesocorriam desde a divulgação do edital.“Haviaum ajuste de preços para sair vencedora a empresa envolvida no esquema. A partir daí, havia superfaturamento,pagamento por serviço não executado e desvio de verbapública que beneficiava tanto a vencedora quanto as outrasempresas, além dos servidores que possibilitavam este tipo deconduta”, explicou.Os presos responderãopor fraude em licitações, formação dequadrilha ou bando, peculato, corrupção ativa epassiva, lavagem de dinheiro e crimes contra as ordens econômicae tributária. Eles foram encaminhados àsuperintendência da PF em cada estado e, posteriormente, àscadeias públicas em cada cidade. Os mandados de prisãopreventiva, por cinco dias, foram expedidos pela 1ª Vara daJustiça Federal de Roraima. A estimativa éde que a organização tenha causado um prejuízo de R$ 34 milhões aos cofres públicos.Além dos mandados de prisão, também foramautorizados outros 46 de busca e apreensão.  Em nota à imprensa, a Funasa informou que as denúnciasde formação de cartel pelas empresas que participaramdas licitações começaram a ser apuradas porauditoria interna em outubro de 2005. E que os resultados foram encaminhados ao Ministério Público Federal em junho do ano passado.A Funasa explica ainda, na nota, que entre 2005 e 2006 realizou outras dez auditorias em Roraima, envolvendo entidades não-governamentaise a coordenação regional da instituição.Os resultados destas auditorias foram encaminhados àControladoria Geral da União e os detalhes das denúncias não foram divulgados, por já estarem no âmbito da Polícia Federal.