Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS), defendeu hoje (18) o veto à emendaque desobriga os trabalhadores de fazer a contribuição sindical, caso o Senado não restabeleça a obrigatoriedade. Para ele, a medida enfraquece os sindicatos: "Esvaziarmos [ocaixa] dos sindicatos é algo, do meu ponto de vista, inaceitável." O presidente doDEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), entretanto, disse que o projeto original fortalecia ossindicatos e enfraquecia os trabalhadores. "No projeto, tinha umcaminho defendido pelos dirigentes das centrais sindicais parafortalecer suas instituições, e o que foi aprovado foi um caminho parafortalecer a decisão individual de cada trabalhador. Acho que o quesaiu da Câmara foi muito melhor do que queriam os dirigentessindicais", afirmou.Já o presidente daCâmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), evitou comentar o resultado davotação, e afirmou que quem tem que fazer alguma avaliação são ascentrais sindicais. "Na medida em que a Câmara aprovou que a contribuiçãosindical passa a ser facultativa, essa é a posição da Câmara. Aavaliação cabe às centrais sindicais."A emenda, de autoria dodeputado Augusto Carvalho (PPS-DF), foi aprovada por 215 votos a favor e161 contra. Houve sete abstenções. Agora a emenda será encaminhada aoSenado.