Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Para votar favoravelmente à prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o PSDB quer discutir assuntos como a redução da alíquota de 0,38% para 0,08% no próximo ano e a desoneração de impostos. No entanto, segundo o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), o "prazo político do partido está acabando”.De acordo com Virgílio, há a possibilidade de, a qualquer momento, o PSDB fechar questão contrária à CPMF. “Eu tenho avisado e quem avisa adversário leal é. Abrimos espaço para o diálogo, mas poderemos fechar questão sim. E os 13 senadores do PSDB vão, de um jeito ou de outro, votar juntos”, disse o líder, descartando a possibilidade de racha no partido.O senador criticou a proposta do governo de apresentar projeto de lei para isentar de pagamento de CPMF aqueles que têm renda até R$ 1,7 mil e apenas uma conta bancária. “Essa proposta não tem importância. Tem de isentar todo mundo. Assim, ele [o governo] não namora nem fica com a gente. Se quiser relacionamento sério, tem de conversar”, brincou Virgílio. “O governo pode, se for moderado nos gastos, viver perfeitamente sem a CPMF.”A proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga até 2011 acobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira(CPMF) foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados e seguiupara votação no Senado.