Oposição no Senado continua contrária à CPMF

17/10/2007 - 14h54

Priscilla Mazenotti e Carolina Pimentel
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O líder do DEM no Senado, Agripino Maia (AL) não ficou convencido da importância da aprovação da proposta de emenda à Constituição que prorroga a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) até 2011.Ele classificou como "gesto de boa vontade" a visita do presidente da República em exercício, José Alencar, ao Senado, para convencer os parlamentares da necessidade da aprovação da proposta, mas disse que o partido continua contrário à aprovação da matéria."A relação com o Legislativo fica oxigenada. Agora, em matéria de argumento, não vi nenhum que me convencesse", afirmou. "Eles têm um pensamento e nós temos outro". Segundo Agripino Maia, o governo quer que o Senado aprove o mesmo texto que foi aprovado pela Câmara. "O governo foi peremptório. Quer que o texto aprovado na Câmara seja o texto que ele supostamente quer ver aprovado no Senado, para que a matéria não volte para a Câmara e para que a vigência comece em 1º de janeiro. "Não há argumentos que convençam", afirmou.O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), disse que a reunião não trouxe resultados conclusivos."Ficou cada qual na sua posição. Mas o diálogo está aberto, o que é sempre bom", disse. Ele acrescentou que o partido não abre mão da redução de carga tributária. "Se o governo entende que tem de aprovar [a CPMF] do jeito que veio da Câmara, o PSDB vai se encaminhar para o voto contrário. A palavra está com o governo".