Governo estuda lançamento do PAC dos Transportes e da Mobilidade Urbana, diz ministro

17/10/2007 - 18h05

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O governo federal estuda o lançamento, aindaneste ano, do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para o setor detransportes. A informação foi dada hoje (17) pelo ministrodas Cidades, Marcio Fortes, durante a solenidade de abertura do 1º Salão do Imóvel,que se realiza até domingo na zona Oeste da cidade.A iniciativa será discutida amanhã, durante reunião em Brasília com a equipe econômica. “Nós temos o PAC da habitação, nós temos o PAC do saneamentoe a própria Constituição Federal diz que o governo tem responsabilidade debaixar diretrizes também sobre transportes urbanos. Então, está faltando algumacoisa”, disse Fortes.Ele destacou que presidente da República já enviou ao Congresso Nacional projeto de lei que traça diretrizes para setor: "Não adianta, no entanto, colocar um conjunto habitacional longe do centro da cidade e a demora para chegar ao local de trabalho ser de até quatro horas. Muitas pessoas não sabem disso, mas é grande o número de trabalhadores que só vai para casa nos finais de semana, fica sob viadutos e marquises: eles têm emprego e residência fixa, mas não vêem compensação em ir para casa todos os dias, diante da dificuldade e dos custos do transporte urbano".Uma das alternativas em discussão, segundo Fortes, é a deaproveitar a “pequena janela” aberta com a experiência adotada em São Paulo, ondejá há uma via expressa com 32 quilômetros de extensão ligando os moradores do bairro de Cidade Tiradentes ao centro da capital. O ministro citou também a possibilidade de incentivo ao transporte aquaviário. “São temas que ainda estão no rascunho, agora vamos discutir a viabilidade de recursos para a implantação”, disse.O ministrou lembrou que existem programas definidos mas ainda não implementados, como o Pró-Transportes, que "tem dotação de recursos de até R$ 500 milhões prevista no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, mas nunca utilizada porque tem de entrar no Orçamento via votação do Conselho Monetário Nacional, o queainda não aconteceu”.