Carolina Pimentel e Priscilla Mazenotti
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O presidente em exercício, José Alencar, convidou uma comissão, formada por ministros e senadores da base aliada e da oposição, para uma reunião no próximo dia 25 com o presidente Lula para discutir a proposta que prorroga até 2011 a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O objetivo é garantir a aprovação da proposta  antes de31 de dezembro, para que a contribuição continue em vigor no ano que vem. Alencar  garantiu que o governo não fará ameaças para conseguir aprovar a prorrogação da CPMF no Senado. "O governo não faz ameaça. Nunca houve um governo respeitador e democrata como o governo Lula. Por isso, estamos aqui para dialogar com o Senado. Não estamos aqui para impor", ressaltou o presidente interino. Ele reafirmou que é contra o imposto, mas ponderou que a CPMF é necessária para garantir o equilíbrio das contas fiscais e evitar o retorno da inflação.O presidente em exercício foi hoje (17) ao Senado para negociar a aprovação da CPMF. Acompanhado dos ministros de  Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, e da Saúde, José Gomes Temporão, Alencar encontrou-se com o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), e líderes governistas e da oposição. Questionado se o PSDB e o Democratas (DEM) irão ao Palácio do Planalto, como sugeriu Alencar, para negociar a CPMF, o ministro Walfrido argumentou que faz parte da democracia dialogar com a oposição. "Ela [oposição] já foi várias vezes. Eu, várias vezes, já os recebi na minha sala. É o diálogo democrático, mesmo que você tenha opinião diferenciada. Faz bem essa conversa com a oposição também", afirmou Walfrido, acrescentando que a reunião serviu para abrir "uma avenida de entendimento" no Senado.