Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Câmara dos Deputados iniciou por volta das 19 horas a análise das duas medidas provisórias que trancam a pauta, a fim de permitir a discussão e votação em segundo turno, na noite de amanhã (9), da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga até 31 de dezembro de 2011 a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a Desvinculação das Receitas da União (DRU). A sessão deveria ter sido aberta às 16 horas.A primeira MP a ser votada é a que institui o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Essa MP já foi discutida, mas a oposição promete obstruir os trabalhos. A outra é a que prorroga até julho de 2008 o prazo para que otrabalhador rural autônomo, enquadrado como contribuinte individual, possa requerer aposentadoria no valor de um salário mínimo."Vamos tentar votar as duas MPs na noite de hoje ou, na pior das hipóteses, votar uma e ler o parecer da outra, para votar amanhã", disse o líder do governo, deputado José Múcio (PTB-PE). O governo, acrescentou, não vai revogar nenhuma das MPs a fim de permitir a votação da CPMF. O líder admitiu que a base aliada do governo deverá repetir o placar da aprovação da PEC no primeiro turno: "Sempre há problema. É uma base ampla, o presidente Lula governa com 14 partidos. O governo está sempre fazendo o possível para resolver as demandas, mas a base está estimulada a aprovar em segundo turno a CPMF".O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), estimou em seis horas o tempo a ser gasto para concluir a votação da MP que institui o Pronasci. Segundo ele, como a matéria já foi lida e discutida na semana passada, a obstrução da oposição até a votação dessa MP deverá levar em torno de seis horas.