Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma vez mais, lideranças dos partidos na Câmara dos Deputados não fecharam acordo sobre a votação da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação das Receitas da União (DRU), que libera ao governo 20% da receita tributária daUnião para aplicação em programas prioritários. A informação é do presidente da Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Hoje (26) pela manhã, os líderes se reuniram na residência oficial de Chinaglia para tentar fechar um acordo. "Ninguém cedeu", informou o parlamentar.Apesar da falta de acordo, ele disse que não vai adiar a votação prevista para hoje."Os dois lados têm suas armas regimentais, o que agrava a situação", ponderou Chinaglia.A oposição continua a afirmar que fará obstruções. "Vamos usar todos os recursos que a oposição tem no regimento para fazer com que a tramitação seja longa e dolorosa", disse o líder do Democratas na Câmara, Ônix Lorenzoni (DEM-RS). Segundo ele, não há possibilidade de acordo com o governo sobre a prorrogação da CPMF até 2011. "O DEM não faz acordo com o governo".A votação das 34 emendas e dos dez destaques estava marcada para 9h30, mas a sessão ainda não começou. Para ser aprovada em primeiro turno, é preciso votar esses destaques e emendas. O governo precisa ter, no mínimo, 308 votos e duas sessões de votação.