Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo pretendeconcluir ainda hoje (26), na Câmara dos Deputados, o primeiro turno de votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga até 2011 a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Segundo parlamentares da basealiada, a redução do número deemendas e destaques apresentados à PEC vai acelerar o processode votação. “Vamostrabalhar para votar os destaques e emendas e terminar o primeiroturno”, afirmou o líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE). Aoposição acusou o governo de usar “rolo compressor”para acelerar a votação, ao destacar os destaques eemendas em bloco. “O governo usou de um artifício regimentaldiscutível. Normalmente, votam-se as emendas individuais e,ainda que derrubadas, mantêm-se as aglutinativas baseadas noteor dessas emendas, mas preferiram derrubá-las numa tacadasó”, afirmou o líder do PSDB, Antonio Carlos Pannunzio (SP).De acordo com ovice-líder do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), os oposicionistas estãoanalisando a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o direitoda minoria, e a estratégia do governo não osenfraqueceu. “Essaé uma batalha que o governo está vencendo hoje, mas aguerra continua aqui na Câmara e depois vai continuar no Senado".Ovice-líder do governo, Beto Albuquerque (PSB-RS), ressaltou que aestratégia da base aliada foi tomada de acordo com o regimentoda Câmara e não pode ser contestada. “Entendemos o choro livre daoposição, mas quem tem 100 [votos] não pode querer maisdo que tem 400", afirmou o deputado.Nestemomento, o plenário vota emendas apresentadas à PEC.