Encontro de direitos humanos termina com propostas "qualificadas", diz coordenador de fórum

26/09/2007 - 20h34

Ana Luiza Zenker*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O coordenador do Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos, Ivânio Barros, avalia que o documento aprovado ao final do Encontro Nacional de Direitos Humanos 2007 – Segurança Pública, Justiça e Cidadania reflete bem os debates desenvolvidos ao longo dos três dias de atividades.“Dentro daquilo que foi colocado como os objetivos do encontro, podemos dizer que [o encontro] foi um sucesso. Nas oficinas foram apresentadas muitas propostas qualificadas, quecertamente o governo vai considerar na análise das 94 atividades eações do Pronasci [Programa Nacional de Segurança Pública comCidadania]", disse. "E mesmo no processo de revisão do conceito de combate àcriminalidade em territórios, como aparece no Pronasci hoje”.O deputado federal Pedro Wilson (PT-GO), titular da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, diz que a carta final deve funcionar como um apelo ao governo. “Para que nós tenhamos segurança pública do ponto de vista da segurança pessoal e familiar. Mas que tenhamos também segurança pública com cidadania, que pressupõe investimento na saúde, na educação, na moradia, no lazer, nas alternativas para todos nós, mas principalmente para a juventude”.Um dos assuntos discutidos, e que consta do documento final, é a violência policial. Um dos casos apresentados no evento é o de Divino Rodrigues Barco. Integrante do Comitê Goiano pelo Fim da Violência Policial, Barco pediu justiça e punição aos policiais que ele diz terem mataram seu filho de 19 anos, há dois anos. “Estamos aqui para que ninguém mais sofra o que a gente está sofrendo. A esperança do comitê é que haja uma repercussão muito grande mesmo [das discussões do evento]. Se possível, com a unificação da polícia”, diz, acrescentando que essa foi uma das propostas apresentadas.Na avaliaçãodo deputado Luiz Couto (PT-PB), foi "muito pequena" aparticipação de parlamentares nesse tipo de evento. “O que esperamos, efetivamente, é que nesses encontros nóstenhamos uma participação maior dos parlamentares”,afirmou Couto, que também é titular na Comissão de DireitosHumanos e Minorias na Câmara.