Meta no Distrito Federal é universalizar a coleta seletiva, hoje em 3% das casas

23/09/2007 - 13h07

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A coletaseletiva no Distrito Federal (DF) abrange apenas 3% das residências.Segundo a diretora-geral do Serviço de Limpeza Urbana (SLU),Fátima Có, o serviço é prestado somentenas quadras residenciais da Asa Sul e Asa Norte, dois bairrossituados no Plano Piloto de Brasília. Atualmente, sãocoletadas cerca de 50 mil toneladas de lixo domiciliar por mêsno DF.

Estimular a reciclagem é um dos principaisobjetivos da PolíticaNacional de Resíduos Sólidos, lançada no dia6 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e encaminhada aoCongresso Nacional.

Adiretora admite que o Distrito Federal está pelo menos 15 anosatrasado, em relação a outras cidades, no gerenciamentodos seus resíduos sólidos. Segundo ela, isso éfruto de falta de uma política adequada para o setor. MasFátima Có garante que o governo quer implantar a coletaseletiva em todo o DF num prazo de seis meses.

De acordocom ela, a coleta seletiva, que hoje é feita pelos servidoresdo SLU, será realizada também por cooperativas decatadores. E já estão sendoprovidenciados os locais para implantar os centros de triagem, onde é separado o lixo reciclável.

Atualmente,o material recolhido na coleta seletiva é encaminhado para umausina de reciclagem, onde os catadores separam por tipo de resíduo.O restante do lixo, explicou a diretora, é dividido: metade éenviada para transformação em composto e  a outra metade vai para o aterro sanitário. FátimaCó avalia que, mesmo sem o hábito de separar o lixo, épossível mudar a mentalidade da população doDistrito Federal. “Sinto que há uma grande receptividade,apesar de as pessoas ainda não pensarem no lixo comoresponsabilidade delas. Essa conscientização de que todosnós somos responsáveis pelo nosso lixo ainda precisa deuma campanha de orientação”, afirma.