Urbanização de comunidades na capital paulista é exemplo de solução para integrar cidades

21/09/2007 - 13h02

Clara Mousinho
Da Agência Brasil
Brasília - A urbanizaçãodas comunidades próximas às barragens Guarapiranga eBillings, em São Paulo, uma das experiências de sucessocitadas hoje (21), último dia do seminário Cidade deTodos, Política para Favelas, que começou ontem (20),em Brasília.Segundo o assessor daSecretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo,Ricardo Araújo, vivem 950 mil pessoas em cada uma dascomunidades, o que representava 5% da população dacidade de São Paulo.Araújo afirmouque a ocupação desordenada estava afetando a qualidadeda água nas duas comunidades. A partir de uma intervençãointegrada do governo, foi construída uma estaçãode tratamento de esgoto, um aterro sanitário, asfaltamento econstruídas áreas de lazer.“O aumento da áreade lazer reduziu a criminalidade. Além disso, os imóveisda região tiveram valorização de 53%”.Outros projetos citadosforam o Vila Viva, de Belo Horizonte, que tem o objetivo dereconhecer a favela como parte da cidade; e o Viver Melhor, em fasede implementação em Salvador e mais sete cidadesbaianas, que tem o objetivo de promover a qualificaçãoambiental, a regularização fundiária e odesenvolvimento social econômico e comunitário daspopulações que vivem em situação precárianessas cidades.Segundo o assessor deRelações Internacionais do Ministério dasCidades, Luiz Fabbri, as favelas têm grande impacto narealidade social brasileira. “Por isso o objetivo da urbanizaçãodessas comunidades é fazer com que elas se transformem emparte das cidades e virem bairros com infra-estrutura”.O seminárioCidade de Todos, Política para Favelas teve a participaçãode representantes de várias cidades que sofrem com a ocupaçãodesordenada, que discutiram as políticas públicasdestinadas a integrar as favelas através da urbanizaçãoe da melhoria das condições de vida de seus moradores.