Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Cerca de 60 cidades participam amanhã (22) da 7ª jornadabrasileira “Na cidade sem meu carro”, que prevê atividades como o isolamentode trechos de ruas e praças para criar espaço deconvivência. Nesse dia, as prefeituras podem promover atividades recreativas e artísticas e os cidadãos deixam os caros em casa e buscam outras alternativas de transporte, comoônibus, metrô, bicicletas ou até mesmo caminhadas.São Paulo e Rio de Janeiro estão entre as cidadesque participam pela primeira vez da jornada, desde que a proposta foi trazida para o Brasil em2000. Criada na França em 1998, a iniciativa envolverá, neste ano, 1,8 mil cidades. No Brasil, a jornada épromovida pelo Ministério das Cidades e coordenada pela organização não-governamentalInstituto da Mobilidade Sustentável RuaViva.“É umareflexão do que é a cidade sob o domínio doautomóvel", afirmou o diretor do Instituto RuaViva,Nazareno Affonso. Segundo ele, só quem tem idosos e crianças na família sabe avaliar o medo que um passeio pela cidade pode gerar. "Eles ficam o tempo todo ameaçados de forma real. Nósmatamos 100 pessoas por dia e deixamos outras 600 com deficiências,por dia, no Brasil [em função do trânsito]”, afirmou Affonso acrescentou que nãoestá pregando a eliminação do carro, mas a criaçãonas cidades de sistemas de transporte, com ônibus e metrôintegrados com áreas periféricas com estacionamentos para carros e bicicletas. Ele também defendeu reduçãodas tarifas de transporte público. Para ele, não é difícil implantaressas mudanças nas cidades, basta vontade política.